Mais uma vez, Aécio Neves liderou o ranking de avaliação dos governadores, na pesquisa realizada na segunda quinzena de dezembro e divulgada ontem (25/12), pelo Instituto Datafolha. Em uma escala de 0 a 10, Aécio recebeu 7,5 como nota média. Com a melhor colocação, Aécio continua sendo considerado o melhor governador do Brasil. A avaliação parte das pessoas que o conhecem bem: em Minas Gerais, 73% dos entrevistados disseram que o governo de Aécio é ótimo ou bom e 19% que é regular.
Analisando os últimos dados apresentados na última pesquisa eleitoral divulgada, nesta semana, pelo Datafolha, o colunista Anselmo Gois, do jornal O Globo, também reparou que quem mais conhece Aécio, aprova sua gestão e seu trabalho. "Na pergunta com resposta espontânea de intenção de voto, em que Lula tem 20% contra 8% de Serra e Dilma, o presidente lidera em todos os estados, menos... em Minas, onde Aécio fica com 18%, e "o cara", com 14%. Ou seja, em Minas, o cara mesmo é Aécio" - Leia aqui.
Show Business
Por Ana Vasco, 20 de Novembro de 2009, 17h31
Tamanho da letra:
Na semana passada, Aécio Neves foi entrevistado, em São Paulo, pelo jornalista João Doria Jr., para o programa Show Business. A conversa entre eles foi exibida pela TV Band, na noite do último sábado (14/11).
O nome de Aécio Neves deixou de ser apenas uma possibilidade para o Palácio do Planalto. Nesta semana, conforme assegura a reportagem da revista Isto É, que chegou às bancas hoje (14/11), ele passou a ser uma alternativa concreta para o seu partido.
De acordo com a Isto É, o encontro de Aécio com um grupo de cerca de 100 empresários, em São Paulo, na última segunda-feira (9/11) foi uma espécie de "batismo" de sua candidatura. "Com um discurso de conciliação com os adversários, reconhecimento aos acertos do governo Lula e fidelidade ao projeto do PSDB, sobretudo no caso das privatizações, Aécio ganhou a plateia composta por nomes como Luiz Trabuco (Bradesco), Roberto Ermírio de Moraes (Votorantim), Ivan Zurita (Nestlé), David e Daniel Feffer (Suzano), Horácio Lafer Piva (Klabin), Cledorvino Bellini (Fiat), José Carlos Pinheiro Neto (General Motors), Patrick Larragoiti (Sul América), entre outros", diz a revista.
O discurso de Aécio encantou a platéia que o aplaudiu, de pé, por cerca de cinco minutos. Com carisma, uma bela oratória e uma linha política condizente com a que o cenário exige, Aécio tem tudo para conquistar definitivamente a posição de candidato. De acordo com a Isto É, "os empresários deixaram o jantar convencidos de que ele disputará o Palácio do Planalto. Mas antes mesmo de ser aplaudido à noite, o governador já havia obtido sucesso ao fazer a palestra Novos rumos para o Brasil para outros 300 empresários reunidos pelo grupo Lide em um hotel em São Paulo. Nos dois eventos, Aécio agradou ao defender um choque de gestão no governo federal, embora tenha deixado claro que o PSDB jamais aceitará a "armadilha" imposta por um partido e um candidato que se confundem com Estado e governo e que pretendem transformar a disputa em uma eleição plebiscitária".
O sucesso que Aécio fez, entre os empresários e as pessoas que estão conhecendo seu perfil e suas propostas, se refletiu também em uma pesquisa eleitoral recente, realizada pelo Instituto Vox Populi e divulgada pela Isto É. Segundo o levantamento, feito com 2 mil eleitores de todo o país, de forma espontânea (sem a apresentação de uma lista de nomes), Aécio despontou com 11%, abaixo apenas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não disputará a reeleição, e que teve 13% das intenções de votos. Abaixo dele, José Serra recebeu 10%; Dilma Rousseff, 6%; Ciro Gomes 3%; Marina Silva 2%; e Heloísa Helena apenas 1%. Na pesquisa, 53% não souberam indicar um candidato preferido.
Antes mesmo de divulgar essa entrevista para a revista Isto É, o mesmo instituto realizou uma pesquisa estimulada na qual Aécio - embora esteja em terceiro lugar, com 18%, abaixo de Dilma, com 20% e de Ciro com 19% - apresentou o menor índice de rejeição entre os principais concorrentes - apenas 5%.
Como se já não bastassem os bons resultados nas pesquisas e o visível apoio recebido pela classe empresarial, Aécio também teve outras boas surpresas durante a semana. Em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, do Uol Notícias e da Folha de S. Paulo, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, reconheceu que Aécio é mais "amplo politicamente" como um possível candidato da legenda, com uma capacidade maior de agregar apoio dos partidos em torno de seu projeto. É uma constatação clara. Além do DEM, Aécio tem também a possibilidade de integrar a sua aliança o apoio de parte do PMDB e do PDT, PP e PSB.
A revista Isto É nos mostra qual é a amplitude e força dessa aliança. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, que é o candidato do PMDB em Minas, já disse que, embora seja aliado de Dilma, atualmente, não pretende ir contra uma candidatura de Aécio. E até o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, segundo a revista, confessou ao senador Cristóvão Buarque, nesta semana, que se Aécio for presidente o PDT vai apoiá-lo - declaração que foi contestada, mas que a revista confirma. Segundo a Isto É, Aécio também tem a disposição de apoio do deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical; do senador Francisco Dornelles, presidente do PP; e do presidente do PSB, o governador Eduardo Campos.
Na base parlamentar do PSDB, o apoio a Aécio também ficou claro, nesta semana, durante um evento de boas-vindas aos novos filiados do partido. "Valorizo muito aqueles que buscam uma nova filiação partidária no momento em que esse partido não tem poder para distribuir, no momento em que este partido está na oposição, disse Aécio para mais de 50 deputados e quase dez senadores. Resultado: além de aplausos, ouviu gritos de Aécio presidente. Horas antes do jantar, os deputados Eduardo Barbosa e Nárcio Rodrigues, ambos do PSDB mineiro, circularam pelo salão verde da Câmara com um adesivo dizendo: Aécio é bom para Minas e será melhor para o Brasil", conta a Isto É.
Mas embora todo esse apoio esteja cada vez mais forte e visível, ainda depende da cúpula do PSDB a decisão sobre o nome que assumirá a candidatura à presidência pelo partido. Aécio estabeleceu dezembro como o seu prazo para essa definição. E agora todos começam a sentir que se perderem Aécio como candidato, quem perde mais é o Brasil.
Aécio Neves esteve, na noite de quarta-feira (11/11), em dois encontros com lideranças do PSDB, em Brasília. O primeiro foi uma homanagem aos novos filiados do partido. Logo em seguida, ele encontrou-se com a bancada mineira da Câmara e com o deputado Rodrigo Maia, o presidente nacional do DEM.
De acordo com matéria do O Globo online, Aécio fez muito sucesso em seu pronunciamento, no primeiro evento. Ele sinalizou a possibilidade de uma aliança com partidos da base do governo, como o PP e o PTB, e propôs a abertura de um canal de diálogo com os movimentos sociais e sindicatos. Também falou sobre a necessidade de o partido evitar uma eleição plebiscitária com o PT e enfatizou a capacidade de gestão dos dois pré-candidatos da oposição.
O deputado tucano Nárcio Rodrigues, que participou do encontro, falou ao O Globo: "Estamos numa situação pró-ativa. Aécio é a novidade e demonstra que pode crescer e aglutinar forças políticas. Tivemos 37 milhões de votos nas eleições passadas, sem alianças não vamos passar disso".
No segundo evento, ao lado de cerca de 40 parlamentares, Aécio agradeceu publicamente ao depurado Rodrigo Maia por todas as declarações que o parlamentar tem feito à sua candidatura.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, do Uol Notícias e da Folha de S. Paulo, fez, hoje (10/11), uma avaliação sobre a situação do seu partido no processo de escolha do candidato à disputa eleitoral para a Presidência da República, em 2010.
De acordo com o senador, Aécio é um governador com muita aprovação em seu Estado, é "um político com enorme capacidade de articulação e tem um imenso potencial". E completou: "Eu diria que ele é mais amplo politicamente (...). Teria mais apoio dos partidos que não são do campo da aliança".
Sérgio Guerra acredita em um entendimento entre os pré-candidato para a definição de quem disputará as eleições. E reforça: a possibilidade de uma chapa única é uma aposta que ele não faz.